quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sócrates e a educação

Computadores de última geração pensados para as crianças, resistentes ao choque e à água, começarão a ser distribuídos aos alunos do 1º ciclo até à abertura deste ano lectivo. Diz, José Sócrates, que com esta medida quer melhorar a educação. Não ponho, aqui, em causa a funcionalidade desta medida - isso seria uma outra discussão. No entanto, faço questão de lamentar que o primeiro ministro deste país, lançado nesta "inédita" aventura, não tenha como prioridades: elevar as condições de vida de milhares dessas crianças, não resistentes a carências alimentares; equipar com material adequado escolas espalhadas por este rectângulo de terra fora, não resistentes ao frio e ao calor. A melhoria da educação também tem de passar por aqui!
E, porque não tenho respeito pela ironia (que outra coisa lhe poderei chamar?) de Sócrates, terei de lhe responder na mesma moeda: Anexe aos portáteis uns kits de luvas quentinhas, não vão as crianças deixar de teclar à conta dos dedos retesados pelos frios da invernia! Já lhes basta o esforço dispendido para agarrarem no lápis e fazê-lo circular ao longo das linhas dos cadernos, que espero, não venham a ser substituídos pelo magalhães (nome de baptismo dos ditos portáteis).
As crianças agradecem-lhe o "brinquedo novo", com toda a certeza. Mas, mais certeza tenho ainda, que relativamente às prioridades acima referidas ficar-lhe-iam eternamente gratas. Pelo menos as "vítimas".

Até que são bem engraçados os magalhãezinhos! O que é que acham?

3 comentários:

Onze_05 disse...

A isso se chama choque tecnológico e não choque térmico... ele não mencionou a temperatura nem a diferença da mesma.. só falou em computadores... e com o frio os meninos irão ficar com put? dores nos ossos. Abreijos

Ianita disse...

Isto dos computadores não acho mal. Aliás... acho bem.

Acho mal a "castração" dos professores. Acho mal o facilitismo. Acho mal os meninos não poderem "ficar retidos" (mas que lido eufemismo para o belo do chumbo) a não ser que os papás consintam (no 1º ciclo). Acho mal a má-criação dos miúdos que chegou a pontos extremos. Acho mal que os pais tenham de trabalhar 12 horas por dia e não possam passar mais tempo com os filhos e, talvez, mimá-los menos e educá-los mais...

Algo vai mal aqui no Reino de Portugal...

TuniKKa disse...

Mais uma vez estamos de completo acordo.