quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sócrates e a educação

Computadores de última geração pensados para as crianças, resistentes ao choque e à água, começarão a ser distribuídos aos alunos do 1º ciclo até à abertura deste ano lectivo. Diz, José Sócrates, que com esta medida quer melhorar a educação. Não ponho, aqui, em causa a funcionalidade desta medida - isso seria uma outra discussão. No entanto, faço questão de lamentar que o primeiro ministro deste país, lançado nesta "inédita" aventura, não tenha como prioridades: elevar as condições de vida de milhares dessas crianças, não resistentes a carências alimentares; equipar com material adequado escolas espalhadas por este rectângulo de terra fora, não resistentes ao frio e ao calor. A melhoria da educação também tem de passar por aqui!
E, porque não tenho respeito pela ironia (que outra coisa lhe poderei chamar?) de Sócrates, terei de lhe responder na mesma moeda: Anexe aos portáteis uns kits de luvas quentinhas, não vão as crianças deixar de teclar à conta dos dedos retesados pelos frios da invernia! Já lhes basta o esforço dispendido para agarrarem no lápis e fazê-lo circular ao longo das linhas dos cadernos, que espero, não venham a ser substituídos pelo magalhães (nome de baptismo dos ditos portáteis).
As crianças agradecem-lhe o "brinquedo novo", com toda a certeza. Mas, mais certeza tenho ainda, que relativamente às prioridades acima referidas ficar-lhe-iam eternamente gratas. Pelo menos as "vítimas".

Até que são bem engraçados os magalhãezinhos! O que é que acham?

terça-feira, 29 de julho de 2008

Coisas de revistas femininas!

Sempre gostei de quando em vez, dar-me ao "luxo" de tomar o pequeno-almoço fora de casa, de preferência numa esplanada acolhedora, seja Inverno, seja Verão. Esta é uma das formas que utilizo para aquietar a mente quando atacada por eventuais pesadelos nocturnos ou para pôr em ordem e instalar ideias e projectos para o dia.
Hoje, resolvi presentear-me bem cedinho com um desses pequenos almoços, acompanhada por uma daquelas revistas femininas que nos "oferecem" umas toalhitas de praia, uns saquitos, uns chinelitos, etc, etc. Para a leveza de espírito que pretendia criar, nada melhor - não fosse o livro que estou a ler, de conteúdo pesado, e não precisaria de o ter substituído pela dita, que me alienou a adquirir uma toalha de praia de marca - dizem eles.
Instalada, acomodada e tranquila, avancei com o pedido do manjar.
Passada uma página e outra e outra e, ainda, mais outra, todas elas repletas de publicidade, lá surgia algo para ler. Um artigo fornecia às carissímas leitoras em férias, uns conselhos a porem em prática, uma vez que "estão livres de obrigações e horários" - LIVRES DE OBRIGAÇÕES E HORÁRIOS? Será que o artigo é dirigido UNICAMENTE às leitoras, e felizmente para elas, que têm possibilidades monetárias de pagar a amas que lhes tratem dos filhos, a empregadas que lhes limpem a casa, a cozinheiras que lhes confeccionem as refeições, enquanto usufruem dos dias de férias? Também é verdade este artigo não vai ser lido por muitas e muitas mulheres, as tais que fazem parte da categoria que não tem tempo, que não tem dinheiro, ou que não aprendeu a ler. Se calhar a autora do artigo teve a "perspicácia" de levar estes injustos e reais factores em linha de conta. Teria?
A seguir, num vasto leque de dicas, é sugerido às mulheres em férias que para um melhor usufruto das mesmas devem desligar os telemóveis. Será que alguém acredita mesmo que, arreigados e condicionados como estamos a este acessório no nosso quotidiano, temos livre arbítrio para tal?
Enquanto trincava a torrada barrada só de um lado com pouca manteiga e bebericava o abatanado sem pitada de acúcar, cheguei à última sugestão que defendia a liberdade que todas as mulheres devem ter, pelo menos em férias, para comerem um gelado "daqueles enormes cheios de chocalate e de natas", sempre que lhes apetecer. A insatisfação sentida pelo amargo do café contribuíu para que sorrisse e concordasse totalmente com a mensagem final:" não vem nenhum mal ao mundo se durante uns dias esquecer a dieta e cometer alguns pecados calóricos".
Não fossem as muitas páginas de publicidade que se seguiram até ao final da revista, com voluptuosas mulheres, de olhares convictos, vendendo as frases que alguém lhes "meteu na boca":...emagrecimento psico-emocional;...reduza a celulite;...ainda vai a tempo de modelar o seu corpo;...sabe bem ver a minha silhueta;...emagrecimento fantástico - e o meu sorriso não teria virado lânguido.

FÉRIAS FELIZES!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Por favor, BASTA!

Todos nos regozijamos com a "capacidade que o ser humano tem de se surpreender" e, valha-nos esta particularidade. Pena é, que essa capacidade, repetidissímas vezes seja canalizada, desperdiçada e desaproveitada com assuntos fúteis e desprovidos de conteúdo, que contribuem para nada vezes nada.
Pensarão os responsáveis de alguma comunicação social do nosso país, que o povo português anda surpreendido com os os beijos e as quecas do Ronaldo e de uma tal de Nereida?
Por favor, basta! O miolo das "amêndoas" que os senhores acreditam ser chupadas já amarga, há muito!
Ou será, apenas, que essa mesma comunicação social, em prol de algo que lhes diz respeito, continua a acreditar ou a iludir-se que o povo português não quer crescer culturalmente?
Eu, cá por mim, estou cheia de pena e raladissíma com o coitadinho do Ronaldo. E as praias, e o sol, e a areia, e as festas...e as namoradas do rapaz...QUE VIDA!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

"A sala magenta"

À minha lista de escritores de eleição, acrescentei, em início de férias, um nome: Mário de Carvalho.
"A sala Magenta" é o título do seu livro que acabei de ler. Independentemente da pertinência ou não do argumento deste livro, cabe-me, aqui, relevar:
- A perícia do escritor, quanto à forma cativante e aliciante, como nos conduz ao longo de todo o desenrolar da acção.
- A caracterização física, psicológica e social das personagens, é "pincelada com tal verdade"que é quase impossível não termos iguaizinhas ou parecidinhas no nosso percurso vida.
- A riqueza vocabular e a adjectivação muito rica e variada, mobilizadas na expressividade da mensagem.
Mário de Carvalho escreve com um estilo a não perder!
No blogue do Horácio, "Um dia a dia português"(ver :A minha lista de Blogues) podem ler mais sobre Mário de Carvalho e sobre outra das suas obras: Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina.
Para os amantes da leitura, e para os que não são, é obrigatório visitar o blogue referido(sim, isso mesmo, do vosso lado direito, umpouco mais abaixo,vá cliquem!)
Boas leituras

terça-feira, 22 de julho de 2008

Cada um é como cada qual

Sempre foi apanágio meu dizer que funciono na base de uma organização desorganizada.
Hoje tive a real percepção deste facto, quando resolvi a muito custo, proceder à arrumação da imensa papelada espalhada por tudo o que é divisão da casa - salve-se o quarto e a casa de banho.
Amontoei-a numa exorbitante resma, arregassei as mangas - que por acaso não possuía - e lancei mãos à empreitada. Paulatinamente, folha a folha, fui rasgando aqui e acoli, criando uma pilha com as que me suscitavam dúvidas relativamente a uma eventual futura consulta, mais outra com aquelas que necessária e infelizmente vou ter de "mexer" no início do ano lectivo e uma última com aquelas que nunca se enquadram em nenhuma das pilhas nomeadas, nem nas destinas ao papelão -esta é outra das manias.
À medida que a tarefa decorria, fui-me orgulhando de ter vencido a inércia que vinha arrastando, quanto à decisão de levar a bom porto este processo de organização e limpeza.
Pronto! As últimas três folhas agrafadas voaram rumo ao papel rasgado para a reciclagem. Linda menina! Agora só faltava acomodar cada grupo airosamente organizado, nos velhos dossiês arrumados no armário, desde sempre, reservados a esta costumeira tarefa de final de ano lectivo. Assim, toca de os retirar da prateleira para ultimar o empreendimento.
Impossível!! Os ditos estavam mais do que atafulhados e não havia lugar a mais arquivo.
Então, levei a braços a iniciativa de tentar esvaziar cada um deles, rebuscando material caduco e desactualizado. A organização desorganizada impunha-se e desafiava-me a olhos vistos.
Dei-me conta que a ausência dos separadores, imprescindíveis para organizar o que, então, tinha organizado, faziam, apenas, parte da minha intenção desde a primeira hora em que os ditos dossiês foram improvisados - e já lá vão uns largos anitos.
A fatídica dor na cervical alimentou a impaciência que se apoderou da minha pessoa e fez cair por terra a ilusão de que seria desta vez que conseguiria pôr mão à velha desorganização da organização.
E, porque o passado é passado, os antigos dossiês voltaram, tal como estavam, ao seu local de origem. Outros quatro foram adquiridos.
Lá diz o velho ditado:" Cada um é como cada qual".
Agora, assim de repente, a propósito de dossiês, lembrei-me de portefólio. Ai, o que por aí vem! Acuda-nos a Virgem Santa! Será que não há por aí, algures, uma santa padroeira dos profs?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Quadro real 2

Um ruído electrónico fez-se ouvir cada vez mais forte, até ter sido substituído por uma voz de mulher com entoação grave «Que bom ouvi-la! Não me diga! Tem a certeza? Mas isso é óptimo!...Até logo.». Atirou o saco de marca em direcção às havaianas douradas que tinha encostado a um dos pés da espreguiçadeira e instalou-se pronta a receber as dádivas do sol. O verniz das unhas dos pés e das mãos, em tom de rosa vivo, contrastava com o bronzeado laranja acenourado da sua pele lisa e reluzente. Do saco onde arrumou o telemóvel, retirou um óleo que exalava um perfume a verão e, demonstrando um vivo prazer, deu início ao ritual de hidratacção e protecção. Novamente o toque do telemóvel mas, desta vez, ao ter verificado a origem da chamada fê-lo regressar num ápice ao lugar de onde o tinha retirado. «Chato!» susurrou para si mesma, abrindo uma revista.
Assustou-se com o beijo leve e inesperado do homem que trajava calções brancos e pólo azul escuro. «Então, desistiu do jogo de ténis?» perguntou num tom vagamente desdenhoso. O adversário, devido a um problema de última hora na fábrica, ter-se-ia deslocado ao Porto, pelo que a partida teria ficado adiada para o dia seguinte.
« Não trouxe o seu telemóvel? Liguei-lhe há minutos atrás». Talvez tivesse tocado, sem querer, na tecla do silencioso, respondeu ela com uma visível despreocupação, mas verificaria isso depois.
« A Carlota e o Dinis ficaram na piscina com a senhora Conceição. Está com dores de cabeça, coitada. Mas, que posso eu fazer se as crianças se sentem tão bem com ela? ». Se ao menos tivesse adivinhado que o querido papá acabaria por vir à praia teria insistido para que a acompanhassem.
Ele já estava habituado a concordar sempre com as opiniões da esposa, mesmo que fossem provocatórias e preferia não lhe fazer frente.
À noite esperava-os mais um jantar no restaurante super in da temporada, assim publicitava a revista à qual ela voltava a fingir-se atenta.
Dedos entreabertos, passou a mão pelo cabelo que lhe pendia para o lado direito da testa, arrastou-o para trás, contraiu o músculo abdominal e convicto de que seria alvo de olhares femininos, atentos e atiradiços, avançou para a beira do mar num desejo louco de refrescar as ideias.
"RICAS FÉRIAS!"

domingo, 20 de julho de 2008

Quadro real

«A água tá munta boa, tá tipo morna!» berrava um dos adolescentes, num estado de euforia histérica.
O grupo de familiares com que se fazia acompanhar estudava entusiasticamente a melhor formar de montar todo o arsenal que transportava, com vista ao merecido conforto, depois dos quilómetros percorridos desde os confins do Alentejo interior.
«Aqui os moços banhõ-se à vontade e nã ficom com os bêços roxos» esclarecia a suposta progenitora do rapazito, demonstrando um intencional ar de habituée. «No ano passado a Marie nem à hora do almoço queria largar a água. Vão ver o que é que é bom!» continuou, como que a dar por compensadoras as horas consumidas, na noite da véspera, na preparação do carrego que, entretanto, se mantinha espalhado numa perfeita confusão.
Num ápice e de uma forma inaudita era vê-la a distribuir pelas mulheres do grupo os guarda-sóis, habituados a estas andanças - a ver pelas suas cores desbotadas -, e em simultâneo, os lençóis gastos e amarelados, que depois de estratégicamente colocados transformariam aqueles metros quadrados num autêntico condomínio fechado.
Eles, os homens do grupo, com um ar de quem já cumpriu a tarefa diária - afinal, conduzir tantos quilómetros após uma noite de petiscada com os amigos que, ainda por cima, não tinham tido coragem de abandonar mais cedo porque homem que se preze não diz não às abaladiças - largaram as roupas despidas - alguém havia de as arrumar - e caminharam rumo à beira-mar. Contemplando a "paisagem" com atrevidos olhares de soslaio e sorrisos cúmplices, massajavam, à laia de tique, as proeminentes barrigas com movimentos giratórios numa sábia preparação para o consumo dos farnéis meticulosamente preparados pelas marias deles.
«Elas é que percebem daquilo, já têm a tenda armada» concordavam entre todos.
O arroto que se fez ouvir, emanado com uma descontracção natural após o banho tomado e uma, suposta, digestão inacabada, misturou-se nas gargalhadas que anteviam os pastéis de bacalhau e as "mines" servidas por uma das mulheres que acabava, precisamente, de colocar a última geleira no cantinho que lhe havia sido reservado.
As outras barafustavam com os moços na tentativa de conseguirem besuntá-los de creme protector. «Que cancêra!» desabafaram.
Ora bolas, isto de "levar a peito"o papel de esposa e mãe tem que se lhe diga!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Algures no Alentejo

Amante fiel da natureza arquitectas cenários
que ajudam a iluminar paisagens sombrias no teu caminho.
Buscas, insaciável, o silêncio dos campos
e procuras, coerente, tranquila e intensamente
pontos dispersos, concentrados, alternados
em mariposas valsistas, errantes.
Linhas rectas, quebradas, onduladas
que talham subtilmente o horizonte.
Descobres planícies salpicadas de pintas amarelas, encarnadas
dialogando com papoilas, tulipas, flores de estêva.
Realças beleza em espinhos, cardos, cactos
transformando, compondo, decompondo.
Contemplas lagoas, rios e mares
cúmplice de céus mágicos, arco-irisados.
Fixas-te em mãos tostadas, engenhosas,
em rostos trigueiros, sulcados
de jardineiros autores de artes mágicas.

Querida amiga e colega se por aqui passares estas palavras continuam a ser-te dedicadas.

Finalmente férias

As condições acústicas daquela sala, de facto, não eram as melhores. Por isso, os décibeis daquelas vozes projectadas no ar em uníssuno, agudizavam cada vez mais o desconforto do tímpano. Este a muito custo e contrariado lá ia cumprindo a sua missão, permitindo áquele cérebro - prestes a dar a qualquer momento ordem para ausência - o recepcionamento das muitas ideias, críticas e sugestões emanadas pelos presentes...
-Férias! Férias! Finalmente férias! gritou, deixando-se afundar no sofá da sala ao mesmo tempo que, num gesto à muito esperado, lançava a mão ao livro estratégicamente colocado no canto da mesinha de apoio.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Tadinho do sr. Belmiro

O sr. Belmiro de Azevedo ontem tropeçou e caiu ao visitar um apartamento do complexo turístico do empreendimento Tróia Resort, da Sonae. Encontrava-se em trabalho! Procedia à inauguração daquele "espaçozito" a que qualquer comum cidadão terá oportunidade de usufruir sempre que lhe aprouver. Então, não era assim até agora?
Cá por mim ainda me lembro das primeiras férias a que tive direito de soltura, juntamente com a maninha e umas amigas nossas. Instalámo-nos, mais ou menos à força, em casa de um par de românticos recém casados, nos subúrbios de Setúbal e cá vai disto. Era ver-nos todos os dias, quais madrugadoras, correndo e resfolegando, a caminho do barco rumo a Tróia. Aquilo é que era praia (e fomeira também, mas isso é um pormenos de somenos importância). Bem, mas a praia era de todos e os barcos despejavam continuamente massa humana carregadinha de tachinhos com arroz, bifinhos a exalar a alho e umas bordas de pão que só de olhar metiam inveja - a nós, pelo menos, porque no saco que cada uma transportava para além da toalha, dos cigarritos, do creme nívea, do pente e do espelhinho constavam duas "sandias" de marmelada enroladas num guardanapo. Se calhar estou a exagerar um pouco porque ocorreu-me que ás vezes havia lugar a umas maçãs e umas uvitas.
Então, usufruiamos ou não de Tróia, sempre que nos aprouvesse?
De repente, veio-me à memória uma maldade. Teria sido castigo de Deus aquela queda? Ainda bem que o senhor não ficou maltratado.
Já agora uma informação relevante para quem pensar em ir visitar o sítio em causa. Na semana passada o preço do bilhete do barco para o transporte dos passageiros (pessoas e carros)"para a outra margem" aumentou para mais do dobro. E esta?
Bom passeio!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Este post é dedicado ao Zébento que comentou o anterior. Bem vindo!

Não é alentejano quem quer.
Ser alentejano não é um dote, é um dom.
Não se nasce alentejano, é-se alentejano.

(Não sei quem é o autor mas subscrevo inteiramente)
Como professora e como mãe, causa-me muito desconforto interior e indignação, verificar que estamos a assistir a uma redução significativa do número de alunos que necessitam das medidas de apoio da Educação Especial. Por outras palavras: são muitos, muitos os alunos que vão deixar de usufruir do apoio adequado, que devem ter e não terão, a que têm direito e deixaram de o ter. E isto porquê? Devido à introdução da nova medida que se prende com a utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, mais conhecida por CIF, para a elegibilidade de Necessidades Educativas Especiais.
Causa-me espanto a facilidade com que, assim tão de repente, foram esquecidas as "necessidades individuais especificas de cada aluno" em prol das necessidades de saúde.
ACEITO ESCLARECIMENTOS de todos aqueles que percepcionarem uma visão pouco correcta da minha parte relativamente à questão apresentada.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Isto de "brincar" ao blogues tem que se lhe diga. Hoje, por exemplo, é daqueles dias que escrevo sem dizer nada, porque o cansaço é tanto que me limito a dedilhar no teclado ao sabor do vazio mental. A verdade, é que me apeteceu passar por aqui na expectativa de vislumbrar algum leitor ocasional que se tivesse dignado a fazer um comentáriozito aos meus posts. Nada vezes nada! Vá lá, não haverá uma alma caridosa que colabore aqui na brincadeira? Nem tu, seu insano parcial?

sábado, 12 de julho de 2008

No final do ano lectivo resta-me alguma esperança que o "Memorando de Entendimento" que o Ministério da Educação " foi obrigado" a subscrever com as organizações sindicais não faça cair em saco roto a determinação manifestada pela classe docente, na luta contra tudo o que o Estatuto da Carreira Docente tem de maléfico.
É, pois, muito importante que aproveitemos as férias que aí estão à porta ( sim, porque ao contrário do que as más linguas dizem, nós professores e educadores, ainda estamos a trabalhar) para o merecido descanso. Mas, não é menos importante que as aproveitemos também para fortalecermos os nossos queridos neurónios, para no inicio do ano lectivo voltarmos à luta, que estes mesmos neurónios merecem, por uma questão de respeito próprio(digo eu).
A todos aqueles que, apressadamente, "se empenharam" na observação de aulas, a todos os que aprovaram grelhas de avaliação de extrema complexidade, aconselho que dialoguem com o rei sol por essas praias fora, talvez ele vos ilumine e clarifique a alma.
Boas férias!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Há os insanos totais e há os insanos parciais. Relativamente aos primeiros que me lembre assim de repente não guardo nenhum na memória digno de ser relembrado. Mas, inseridos nos segundos conheço uns exemplares. Destes, há uma peça de rarissima qualidade, que guardo em grande estima.
A vontade de criar este blog nasceu e cresceu da partilha de uma saudável insanidade-parcial mútua.
Nos meus interregnos ou interrupções ou como lhe queiram chamar vou tentar passar por aqui, se entretanto não me faltar a paciência, para libertar aos poucos alguns amargos de boca, vomitar uns sapos mal digeridos e quem sabe escrever sem dizer nada (é frequente).