quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Prós e Contras foi pró-Governo e contra-professores!

Acabei de ler num apontamento do Correio da Manhã que “ nos bastidores do Prós e Contras Fátima Campos Ferreira tentou conciliar Jorge Pedreira e Mário Nogueira. Pegou em cada um pelo braço e colocou-os frente a frente, a um palmo de distância”.
Parece que a senhora convencida dos seus dotes casamenteiros lhes teria dito: “Vocês têm de se entender”.
Eu chamaria a isto um acto de leviandade. Assim de repente, ocorreu-me a eventual possibilidade, de FCT ter confundido a matéria em debate com assuntos da categoria dos habitualmente tratados nos reality shows. Do tipo, zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades e tudo se resolve com uma lagrimazinha no olho, mais um abraço e uma pancadinha no ombro, culminando com a típica entrega de um ramo de flores.
Não bastava já a irritação que me causou, ter esta “moderadora” finalizado o programa manifestando esperança de não ter de voltar a realizar um outro Prós e Contras sobre o tema da Avaliação, como se à sua conta tivéssemos conseguido sair de um impasse.
É verdade que não tem de se ser imparcial à força, é verdade que é difícil, com certeza, aparentar uma imparcialidade fictícia, mas por uma questão de ética, digo eu, uma profissional em exercício da sua função não pode e não deve manifestar-se tão notoriamente tendenciosa.
Será que os seus “responsáveis”lhe exigiram que tinha de ser assim daquela maneira, isto é, vai lá manipular mais uma vez a opinião pública fazendo a apologia de que esta “guerra” é um caprichozinho dos professores que não querem ser avaliados.
É preciso ter lata para um ânimo leve daqueles!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Então Senhora Ministra?

Vai uma apostinha em como pelo menos 120000 professores ficaram “irritados” com o “palavreado” da Ministra?
Para descomprimir experimentem lá cantar estas quadras e desfrutem do seu efeito relaxante.

Ai que lindo chapéu negro
Que a ministra nos deixou
Agora é que ela vai ver
A nega que eu lhe dou

É verdade, é verdade
É verdade, sim senhor
Agora a "educação"
Já não é o meu amor

Então? Assim de repente, até que sentimos uma melhoria das condições emocionais. No entanto, não se iludam, é apenas uma sensação momentânea.
No essencial a nossa indignação não chega a ser beliscada.
O procedimento que nos conduzirá a uma garantia da qualidade emocional não passa simplesmente por algo tão simplificado.
Avancemos com alterações mais profundas, TODAS AS QUE ESTÃO AGENDADAS PELOS SINDICATOS E MOVIMENTOS INDEPENDENTES!
E entretanto, vamos fazendo ecoar por aí os versos acima referidos, da autoria das colegas da Escola Secundária IBN MUCANA, assim como elas o fizeram nas manifestações de 8 e de 15 de Novembro. GOSTEI DE VOS CONHECER!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Independentemente da natureza das faltas???!!!

É lugar-comum dizer-se que a Língua Portuguesa é traiçoeira. E, de facto temos exemplos dos mais variados que o comprovam, desde os que nos causam risos e sorrisos aos que nos deixam boquiabertos e curiosos.

Mas, exemplos que me deixassem indignada, espantada, virada, desacreditada, desvairada…
Então não querem lá ver, que a expressão "independentemente da natureza das faltas" passou a ter como significado "fazer distinção entre faltas justificadas e injustificadas"???!!!
E, tal decisão teve a honra de ser comunicada ao país por Despacho.

Depois, ainda há quem diga que são os professores que não querem ser avaliados!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

INCENTIVO PARA A CORAGEM

O poder das palavras do Poeta é sobejamente conhecido e reconhecido.

O seu efeito de magia e feitiço em nós decorre da nossa ânsia, da nossa avidez, da nossa abertura e permissividade para com elas.

Ao condescendermos que nos entranhem na alma, fluindo em nós, apoderam-se-nos do corpo.

Como gotículas de suor deslizando em nossa pele, num fenómeno de arte mágica, evaporam-se docemente aos poucos, para as voltarmos a respirar com outros numa partilha conjunta.

Das palavras, contidas no poema LETRA PARA UM HINO do poeta Manuel Alegre, tenho feito ao longo de muitos anos um lema.

Tantas vezes, as tenho lido e relido, cantado e declamado! Hoje, quero “gritá-las” bem alto para todos vós, colegas professores e educadores do meu país.

Certa, de que nos darão uma coragem redobrada para continuarmos a investir na nossa luta, sem medo.

É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.

É possível viver de outro modo.
É possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.

domingo, 9 de novembro de 2008

Lutemos com todas as nossas forças!

A presença de 120 mil profissionais da classe docente naquela gigantesca e imemorável manifestação de protestos contra o modelo de Avaliação de Desempenho, que teimam em impingir-nos, é um facto real e indesmentível.

Aquilo que, a mim, me parece “surreal” - oxalá fosse ficção - é o desprezo, pelas convicções dos 120 mil professores e educadores, traduzido nas palavras da Ministra da Educação, ao dirigir-se ao país num mais “inoportuno” momento.

Para que não nos deixemos intimidar, aqui ficam algumas palavras de Mário Nogueira:

… Aos Professores, a todos os Professores das escolas que ainda não suspenderam, apelo, também em nome da Plataforma: vamos parar a avaliação nas escolas! Não tenham medo, Colegas, e suspendam esta avaliação de desempenho ou será ela a suspender-nos a todos nós. E de uma coisa poderão os professores e as escolas estar certos: neste processo de suspensão contarão sempre, e tendo o infinito como horizonte, com o apoio inequívoco dos Sindicatos de Professores! Sejamos coerentes e corajosos: paremos este autêntico disparate. Se os professores o fizerem, o Governo não terá alternativa à suspensão!

A nossa luta não pode parar!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Véspera de 8 de Novembro!

Amanhã marchar, marchar!
Do Alentejo levo o calor da força,
para no mar de gente navegar.
No rosto maquilhado de esperança,
sorrisos para partilhar!
Com os olhos rasados de água,
levo amor a transbordar!
Até amanhã!
Até amanhã, colegas!